sábado, 10 de setembro de 2011

A LOJA DA ESQUINA (1940), de ERNST LUBISTSCH - 07.09.2011

Uma simpática comédia romântica protagonizada por James Stewart, ainda jovem, aos 32 anos e a desconhecida, para mim, Margaret Sullavan, baseada na peça teatral de um húngaro, razão pela qual toda a ação se passa em Budapeste. Essa mesma peça serviu como base para o filme You've got mail, com Tom Hanks e Meg Ryan (evidentemente com grande queda de qualidade).
Stewart (Alfred Kralik) é o chefe de vendas da loja de variedades de Matuschek, e vê Sullavan (Klara Novak) ser contratada, contra sua vontade, pois acha que já há vendedores suficientes. Logo se cria uma antipatia natural entre os dois no ambiente de trabalho.
Kralik tem vontade de conhecer alguém, e ele se corresponde anonimamente com uma moça, assim como Klara, e ambos consideram seus correspondentes desconhecidos, sem saber que quem se odeia no ambiente de trabalho está pelo outro apaixonado nas correspondências.

Há alguns diálogos bem afiados, personagens secundárias bem construídas, como o Matuschek, o vendedor Pirovitch, amigo-confidente de Kralik e destinatário dos esporros de Matuschek, além do office-boy Pepi, e pequenas histórias incidentais bem amarradas (como o amante e os presentes, a escolha da carteira como presente de Klara para Kralik, manipulada por este sem que ela saiba, as frustrações de Pirovitch, as despesas de um solteiro e um casado)

Quando os correspondentes marcam algum encontro, sempre há contratempos para que ele acabe não se realizando. Certo dia Kralik é demitido, pois Matuschek desconfia que sua esposa o esteja traindo com Kralik (depois se verá que era com outro funcionário), e então vai ao lugar do encontro quando descobre, com o auxílio de Pirovitch que sua correspondente é ninguém menos do que Klara. Ele entra no restaurante, conversa com Klara, mas, desapontado com o "seu amor", não se identifica como o remetente das cartas, ou seja, para ela o seu amor anônimo lhe deu o bolo.

Nessa mesma noite a reviravolta no filme, pois Matuschek tenta o suicídio ao descobrir que Vadas era o amante de sua mulher, mas é salvo pelo boy Pepi. Então, ele decide recontratar Kralik, promovendo a seu substituto na gerência da loja, Pepi vira vendedor em lugar do demitido Vadas, mas Klara está tão frustrada com não comparecimento de seu correspondente que cai acamada.
Daí por diante, Kralik começa vagarosamente a mudar seus sentimentos e sua postura para com Klara. Primeiro vai a sua casa e com a artimanha de fazê-la receber uma carta do correspondente postal dizendo que não falou com ela no restaurante porque a viu conversando com alguém - exatamente Kralik - e marca novo encontro.
Depois, já na loja, passa tratá-la melhor, e no dia do encontro, depois de algum jogo de sedução que em tese seria improdutivo, e após muito importunar Klara, dizendo-lhe que conhecera o seu amigo postal, e que este era velho, gordo, pobre, revela o número da caixa postal em que recebia a correspondência, deixando-a descobrir que era ele o remetente das cartas de amor. E foram felizes para sempre...hehe.
Nota IMDB - 8,1. Não é pra tudo isso, embora um filme bastante agradável. Nota 7.

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