segunda-feira, 18 de abril de 2011

O PRISIONEIRO DA ILHA DOS TUBARÕES - JOHN FORD, 1936, 17.04.11

O filme começa em 9.4.1865, naquele que acredito ser o dia do término da Guerra Civil, pelo que depreendi do filme (e foi mesmo, com a capitulação dos Confederados frente à União, Gal. Lee rendeu-se perante Gal. Grant), embora ainda tenha havido rendições posteriores, este ato foi significativo.
Em 14 de abril, no teatro Ford, Lincoln é assassinado, porque Booth acreditava que a morte do presidente poderia manter na guerra as divisões que ainda não haviam se rendido.
Dr. Samuel Mudd, o médico que tratou do assassino do Presidente americano Abraham Lincoln - John Wilkes Booth, enquanto esse fugia, foi acusado de conspiração para o assassinato, e condenado à prisão perpetua em Tortugas Island, ao uma ilha ao Sul da Flórida, por um tribunal militar, em que, segundo o filme, foram claras as instruções para condenação, sem dar ouvidos à defesa, direitos civis, etc.
Ele, na prisão, tem uma primeira tentativa de fuga - frustrada, e somente quando há uma epidemia de febre amarela - que vitimou o médico oficial da penitenciária, tendo Samuel que tomar o lugar do médico, controlando a epidemia - Samuel é valorizado e salva aquela gente (cerca de 3000 pessoas, entre prisioneiros e guardas). Por causa dessa sua atuação, e com base em petição feita pelos guardas do presídio (e segundo a wikipedia porque seu advogado, um general, tinha contato no gabinete do presidente Johnson), Samuel recebe um pedido de clemência e pode voltar a sua casa - quando se encerra o filme.
Pelo que li na "grandessísima" wikipedia, há várias imprecisões no filme sobre a vida de Samuel Mudd, e até mesmo dúvidas sobre a participação ou não de Mudd na conspiração, bem como do tratamento que recebeu na prisão, que só teria sido agravado após sua infrutífera tentativa de fuga. Samuel, aparentemente, era escravocrada, do estado do Wisconsin. O filme traz, na verdade, curiosidades sobre o assassinato de Lincoln e, principalmente, sobre a guerra civil. O filme vale a pena.

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