sábado, 9 de junho de 2012

CONTRA O TEMPO (2011), de DUNCAN JONES - 04.05.2012

Filme misto: policial/sci-fi em que Jake Gyllenhal (Cap. Colter Stevens) tem de prevenir um atentado à bomba em um trem nas cercanias de Chicago, e um subseqüente ataque em local ainda desconhecido. Stevens terá de descobrir quem é o terrorista e onde estão as bombas, possibilitando que o Exército aja antes de os fatos sucederem.
Para isso, ele é posto pelo Exército, através do programa virtual Source Code, no corpo de um professor - Sean Fentress, um simples professor de história passageiro do trem, que está acompanhado de Christina (Michelle Monaghan).


Numa trama um pouco mirabolante, e um pouco previsível - que o agente Stevens do mundo real está morto é bastante "adivinhável" desde logo - Stevens é mandado àquele corpo para que em 8 minutos descubra o que está havendo. 
Para convencê-lo a seguir na missão, dão-lhe a falsa explicação de que Sean Fentress está morto e sua memória antes do término dos impulsos nervosos dura oito minutos, e então o capitão pode agir nesse tempo.
Como esse tempo é pouco para que em apenas uma vez seja feita a investigação e salva a população de Chicago onde haverá uma segunda e mais letal bomba (e a cada oito minutos o trem explode reiniciando a investigação, mas sem que os dados da incursão anterior sejam esquecidos), ele é mandado repetidamente até que descubra as bombas (no trem e a próxima a ser explodida), e quem é o responsável pelos artefatos. 
Enquanto é mandado várias vezes ao trem, e ali, pouco a pouco, investiga e vai descobrindo o crime, ele começa a se envolver com Christina, começa a questionar o seu papel dentro da Source Code, o que houve com sua missão no Afeganistão (em que segundo ele estava até há pouco, lamenta sua relação difícil com seu pai (até dará tempo para um sentimentalismo, com musiquinha ao fundo e tudo, para uma conversa entre filho - embora se dizendo Sean Fentress - e pai). 
Quando lhe é dito que em verdade ele é que está morto, ele se concentra na missão, e a cumpre - sob a promessa de que as máquinas que o mantêm vivo sejam desligadas. 
Contudo, mesmo cumprida a missão, ele pedirá mais uma missão, à revelia do chefe do experimento Dr. Rutledge  (Jeffrey Wright), com a ajuda da militar que lidava diretamente com ele na operação do Source Code, Maj. Goodwin (Vera Farmiga), agora para salvar o trem, embora isso fosse em tese impossível, pois o Source Code apenas poderia alterar o futuro, nunca o passado - a explosão do trem já era fato consumado, Stevens apenas fora mandado ficticiamente a oito minutos do acidente só para evitar a segunda bomba.
Mas, eis que o cinema do fantástico - ou do absurdo - permite que Stevens (no corpo de Sean Fentress), com o conhecimento prévio decorrente de suas incursões prévias, se antecipe a todos os fatos, evite a explosão das bombas, prenda o terrorista, ligue para a polícia avisando dos planos deste, mande um e-mail para a Maj. Goodwin explicando tudo o que fez, ainda antes do início da real operação do SourceCode, explicando-lhe que ele conseguiu evitar inclusive a primeira explosão, e para felicidade geral da Nação, passados os 8 minutos, desta Sean Fentress (ou Stevens, ou o diabo que os parta) não morre, e passa a viver uma vida feliz com a mocinha. 


É um filme só de montagem. Um enredo mirabolante com uma montagem que permite essas viagens do cinema atual, com idas e voltas no futuro, e um filme que depois de visto, não deixa nada a ser lembrado.
Nota IMDB - 7,5. Bem menos. Dou um 5. 

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