sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O HOMEM QUE MUDOU O JOGO (2011), de BENNETT MILLER - 28.12.2012

Billie Beane (Brad Pitt) é um ex-jogador de baseball que quando jovem era apontado como uma grande promessa, mas na carreira profissional não vingou. Atualmente é o GM (general manager) do Oakland Athletics, um time com alguns títulos da Major League Baseball, mas hoje relegado a um papel secundário na liga, principalmente em razão da diferença de orçamentos se comparado aos gastos do Boston Red Sox ou no New York Yankees (20 ou 30 milhões do pequeno contra 140 milhões/ano dos grandes). Depois de um ótima temporada (ano 2000, se bem me recordo) com três jogadores espetaculares (Jason Giambi, Damon e mais um) contratados por Billie e seus scouters (olheiros), chegando aos playoffs mas perdendo, os três craques são contratados por esses times grandes e é hora de refazer o time. 
Billie vai ao proprietário do time pedir mais dinheiro, e este lhe diz que essa não é uma solução. O gerente começa então a montagem do time, pelo método tradicional, tentando trocas. Ao ir ao Cleveland Indians, para fazer propostas de trocas, percebe que um jovem - Peter Brand (Jonah Hill) orienta  a diretoria do time adversário, de forma sutil, sobre os negócios que podem e os que não podem ser feitos. 
Billie percebe tal conduta de Brand, vai falar com ele, e este lhe diz que os clubes contratam errado e pelos motivos errados, da mesma forma que rejeitam alguns jogadores muito efetivos, por puro preconceito (como por exemplo a idade, a estética do arremesso). Explica que analisa os jogadores de acordo com um padrão matemático desenvolvido em um livro. Billie aposta no novato, este jovem que nunca teve envolvimento com Baseball, e tem formação em economia. 
Assim, a primeira reação que enfrentam é a dos olheiros do A's, que repetem todos os preconceitos e não concordam com as novas decisões do general manager, mas este as banca, e pronto. Fica sozinho ao lado de Brand, contrata jogadores baratos, com base nas estatísticas (um time com veteranos, com jogadores problemáticos, com jogadores vindos de problemas físicos, etc), para fazer desses "fracassados" um time. No início, realmente não dá certo, os olheiros caem em cima, com críticas, a imprensa idem, o técnico não concorda com as ideias e não escala os jogadores de acordo com a opinião do gerente, as derrotas se acumulam, até o momento em que começam a ganhar, e vencem 20 jogos consecutivos, a maior sequência de vitórias da história da Major League Baseball.
Nos playoffs, novamente logo o Oakland A's é derrotado, e as críticas que haviam sido esquecidas voltam com toda força, desdenhando-se dos feitos espetaculares daquela equipe barata formada por losers
No entanto, Beane recebe uma proposta para ser o general manager do Boston Red Sox, um desse times grandes da MLB, mas assolado pela "maldição do bambino" - em 1919 Babe Ruth deixou os Red Sox, vendido aos Yankees de Nova York e nunca mais venceu a World Series, voltando a vencer o campeonato apenas em 2004. Beane vai ao encontro do dono do Boston (sim, os times americanos tem um dono), diz que poderia fazer boas coisas, provar que não existe maldição do bambino, mas não aceita a oferta de 12,5 milhões de dólares por temporada, pois não quer fazer as coisas por dinheiro (como fez quando resolveu pular a universidade e virar jogador profissional de baseball muito cedo, quando uma grande promessa, mas nunca tendo virado realidade). 
O dono dos Red Sox reconhece, malgrado a derrota precoce dos A's nos playoffs, o brilho da estratégia de Beane, e disse que todos os times que não a utilizassem dali por diante pareceriam pré-históricos.
Com narração em off, sabe-se que Beane fica no A's - e até hoje tenta ganhar o título por aquela equipe.
Os Red Sox finalmente puseram fim à "maldição" de mais de 80 anos, 3 ou 4 anos depois do convite a Beane, utilizando o seu (e de Brand) sistema de avaliação e contratação de jogadores. 

Nota IMDB: 7.6. É por aí mesmo. Talvez um 7. Brad Pitt está muito cheio de caretas, e tem o negócio sentimental com a filha, meio desnecessário.

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