segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

INCONTROLÁVEL (2010), de TONY SCOTT - 28.01.2013

Filme do finado Tony Scott (cometeu suicídio há alguns meses), esse filme de trem desgovernado (um tema vez em quando repetido), inicia em Stanton, Pensylvannia.
Chris Pine (Will Colson) e Denzel Washington (Frank Barnes) são condutores de composições ferrovitárias, aquele iniciando na profissão, em seu primeiro dia de trabalho, e este um veterano, com mais de 28 anos de labuta, antevendo-se os triviais conflitos entre nova e velha geração. Eles terão, em princípio um dia comum, sem nenhum contratempo.
Contudo, dois idiotas (não os principais, por óbvio, os herois) fazem tudo errado no pátio e deixam um trem sair da estação sem maquinista, por erro com os freios e acelerador, e este trem atravessará todo o Estado da Pensilvânia, com certeza causando algum acidente de grande proporção. Começa então a corrida para evitar o acidente. 
Rosario Dawson (Connie) é a gerente da estação de onde saiu o trem e tenta controlar o problema, o fechamento dos cruzamentos, a interceptação do trem, ao passo que o gerente maior também tenta suas manobras, tudo dando errado (e há os interesses econômicos da empresa em discussão). 
Quando os planos falham, e é iminente o acidente na cidade de Stanton, com mais de 700 mil habitantes, a última esperança é que os protagonistas consigam acoplar a sua locomotiva  na parte traseira do trem desgovernado (a cerca de 100 km por hora), e começam a freá-lo, não conseguindo fazê-lo parar, mas reduzem a velocidade a um ponto suficiente para não descarrilhar na cidade muito povoada, para, logo após, Colson conseguir entrar na locomotiva, tornando-se o herói.
Filme simples mas efetivo, em que se consegue apenas com trens e possibilidade de catástrofe, criar um clima de suspense bastante razoável, a iminência de acidentes entre trens, a possibilidade de um descarrilamento sobre uma cidade populosa, as manobras para tentar para o trem. Se fosse só isso, seria bastante bom.
Encurralado, de Spielberg é assim, e muito bom. Não se fizeram necessárias quaisquer questões sentimentalóides para dar algum (falsa) emoção ao filme. Contudo, aqui, temos os problemas familiares dos dois protagonistas (um é viúvo e tem duas filhas adolescentes com algum conflito generacional; outro é casado mas vive uma crise em seu casamento, tem uma ordem judicial contra si, proibindo-o de ver seu filho), e assim, além de salvar os trens, há de se salvar as relações familiares, dar algum sentido ao heroísmo, enfim, coisas desnecessárias mas que o cinema atual americano quase impõe.

Nota IMDB - 6.8. Pela parte da ação, é por aí mesmo, até um pouco mais; pela parte das relações humanas, um blablablá cansativo. Na média, um 6.

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