sábado, 14 de abril de 2012

PÂNICO 4 (2011), de WES CRAVEN - 09.04.2012

Trata-se do retorno de Sidney Prescott (Neve Campbell) a Woodsboro, anos após os massacres anteriores, agora, em tese, liberta dos traumas daqueles acontecimentos, tendo purgado seus medos e escrevendo um livro sobre os incidentes. 
A fórmula é a mesma dos filmes anteriores, com algumas atualizações aos tempos modernos - as novas tecnologias - internet, smartphones, aplicativos - e os novos filmes de terror. A primeira hora de filme é interessante, depois perde bastante a graça.


Nada há de novo. O filme começa com as clássicos telefonemas em que a voz rouca de Ghostface anuncia que irá matar duas moças que atendem ao telefone. Mas, neste filme, tal prólogo é feito três vezes, dois falsos de STAB 6 e STAB 7 - dois filmes das várias seqüências baseadas dos massacres de Woodsboro - e um terceiro, que é o verdadeiro início de Pânico 4, em que duas jovens que assistem a STAB 7 são mortas, dando início a um novo massacre na cidade, exatamente quando Sidney está de volta para o lançamento de seu livro.
Várias são as mortes, segundo as novas regras dos novos filmes de terror -  as intermináveis seqüências -  nova voga atual do cinema de horror, em que nada de novo é feito, apenas mais e mais filmes com o mesmo título, e de novo, só a numeração. Há críticas a tais novas franquias, à violência explícita (Jogos Mortais, por exemplo), e menções às novas regras das mortes em tais filmes, e, por óbvio, às condutas que devem ser evitadas para preservar a própria vida.


Ao passo em que sucedem as mortes - a divulgadora do livro de Sidney, por exemplo, além dos policiais que davam segurança à heroína, entre outros - o sempre atrapalhado Dewey (agora xerife), a arrivista e wannabe ex-repórter Gale (casada com o Dewey, que deixou de ser repórter para ser dona de casa, mas que agora vê a possibilidade de retornar aos holofotes), a auxiliar de Dewey, Judy Hicks, e até mesmo Sidney (em cujo porta-malas são encontrados os primeiros corpos), tentam desvendar os crimes, segundo as novas regras cinematográficas do terror.


Há um núcleo de três amigas (Kirby, Jill - prima de Sidney, e Olivia) que serão perseguidas pelo Ghostface; há um núcleo de estudantes participantes de um clube de cinema na escola (Charlie e Robbie), que serão também vítimas e protagonistas (os assassinatos serão filmados, especialmente numa festa em que haverá uma maratona dos filmes STAB) desse morticínio. Uma vez mais, a solução dos crimes não tem muita lógica, os assassinos têm motivos não mais que prosaicos para o fazerem. 
No caso, um dos integrantes da turma do clube de cinema, Charlie,   e a prima de Sidney, Jill, são os assassinos. Charlie entra nessa, aparentemente, por seus interesses de cinema, para filmar assassinatos, etc, ao passo que Jill quer seus quinze minutos de fama, o quê chega a dizer expressamente a Sidney, pois esta, apesar de vítima, sempre fez sucesso em razão dos assassinatos. É isso que a nova assassina deseja - ser alguém, ser conhecida.
Jill mata seu parceiro criminoso Charlie para fazer sucesso sozinha, acredita ter matado Sidney, e após matar Trevor, arruma a cena do crime para parecer que este foi o responsável por tudo, e se fere para evitar desconfianças.
Contudo, no hospital, Dewey conta a Jill que Sidney sobreviveu à investida de Ghostface, e Jill precisa matar sua prima dentro do hospital para evitar que tudo seja descoberto. No entanto, Sidney, auxiliada por Dewey, Hicks e Gale, consegue "matar" a assassina com um desfibrilador. Na verdade, Jill ainda se levanta mais uma vez e aí, finalmente, com um tiro, Sidney a fulmina. "Don't fuck with the original". 


Nota IMDB: 6,3. Daria menos. Um 5. Algumas boas piadas - a do policial que está morrendo, com o Bruce Willis, que nunca morre; e  algumas frase interessantes sobre os filmes Pânico, a própria frase final de Sidney para Jill: don't fuck with the original. Diversão razoável. 

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