quinta-feira, 18 de novembro de 2010

PET SEMATARY - CEMITÉRIO MALDITO

Revi ontem o filme, a que já assistira há dois ou três anos. O filme perdeu um pouco do encanto do inédito, mas ainda tem passagens incríveis, algumas boas atuações, uma ótima idéia - a morte, o ressuscitamento de um falecido como um avatar maldoso de si mesmo.

O início do filme, com os caminhões passando em alta velocidade diante de residências, já prenunciam que dali coisa boa não sairá. É daquelas "dicas" que indicam um rumo mas não estragam as surpresas do filme.

O velho Jud (Fred Gwynne)- o Herman Munster, de Os Monstros, está muito bem no papel do velho local, vizinho da família Creed - que chega ao interior do Maine vinda de Chicago, e que conhece os segredos do Pet Sematary - na verdade, do Cemitério indígena além do Cemitério de animais, criado em razão dos diversos atropelamentos de animais naquela rodovia infestada de caminhões.

O ator principal é fraco, mas com a boa história passa-se por cima deste problema.
Exibe-se um quadro geral até que os problemas surjam. Jud mostra o cemitério e explica o que ocorreu. Missy, a empregada, queixa-se constantemente de suas dores estomacais. Pascow, um estudante, morre atropelado na estrada e, no primeiro dia de trabalho na Universidade - em que é médico - recebe o cadáver que mesmo morto, acorda e fala com médico, chamando-o pelo nome e advertindo-o em relação a não passar certas barreiras - "não vá ao lugar onde os mortos caminham" (isso porque passa a assombrá-lo e o conduz ao Cemitério, onde faz a advertência). A filha do casal, ao deparar-se com o assunto "morte" - dos animais - diz que não quer nunca perder seu gato Church (Winston Churchill).

Pois bem, quando a família vai a Chicago para o Dia de Ação de Graças, Louis - que não se dá bem com os sogros - fica no Maine, e aí o FDP do gato é atropelado. Com medo da reação da filha (Ellie), e em conversa com Jud, este mostra um modo de 'ressuscitar' o gato no Cemitério (indígena, o lugar em que os mortos caminham, segundo Pascow). O gato fica estranho, malcheiroso, "malvado", até.

Missy, a empregada se mata, dizendo-se com câncer - não se sabe se realmente ela tem a doença ou não.

Tudo corre bem até a hora em que a merda acontece - o caçula da famíla (Gage) Creed é atropelado por um caminhão. Enterro, briga familiar, a família vai pra Chicago e mais uma vez Louis leva um morto ao Cemitério.
Elliot, a filha, tem várias premonições divinatórias - ou mensagens do fantasma de Pascow - durante os sonhos: sobre o que houve com o gato, o que houve com Gage, com o risco que sua mãe correrá.
Quando Gage volta, ele é um capeta em forma de guri. Mata o velho Jud, mata a mãe (Rachel Creed - que voltou de Chicago de avião, de carro, e por fim de carona em um caminhão da Orinco, n. 666),
até que o pai dá-lhe uma injeção letal: o guri percebendo que irá morrer diz duas vezes para o pai, ternamente: It's not fair. It´s not fair.

Pra terminar, Louis ainda ressuscita sua mulher - para o desfecho já esperado, mas há de se assistir ao filme.

O que é a morte; como suportá-la, como enfrentá-la; tudo isso são discussões que este filme levanta. Fala-se sobre a morte nos Cemitério dos Animais; fala-se após a morte de Missy; após a morte de Gage; sobre a morte da irmã de Rachel, anos atrás - de meningite - e quais as possíveis reações a este futuro e certo evento na vida de cada vivente. Bom filme. E ainda dá pra curtir duas músicas do Ramones - Sheena is a Punk Rocker e Pet Sematery. "Sometimes, dead is better".

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