segunda-feira, 29 de novembro de 2010

SABOTAGEM, de HITCHCOCK - 28.nov.2010

Esses filmes do Hitchcock, da fase inglesa, são ótimos. Simples, poucos recursoso, contados rapidamente - de regra os filmes eram mais curtos. Esse tem pouco mais de 70 minutos, foi feito em 1937.
O filme começa mostrando a definição de sabotagem no dicionário. Corte. As luzes tremulam e então há um blecaute. Começada a investigação, logo se descobre o que houve, quando encontra areia no gerador, talvez. O policial decreta: sabotagem!
Bom, já se sabe mais ou menos o que houve.
Verloc, um imigrante, passa a ser o suspeito -provavelmente já o era - e um policial da Scotland Yard, disfarçado de feirante em frente ao cinema explorado por Verloc e sua esposa Sylvia.
A primeira medida de sabotagem não atinge a repercussão esperada - é noticiado no jornal que a população londrina se divertiu durante o apagão, e um novo ataque, mais impressionante - ou seja, explodir uma bomba em Piccadilly Circus - chamado no filme de "o centro do mundo".
Como a desconfiança contra Verloc aumenta, ele fica impedido de levar a bomba ao destino, dando-a para o irmão de sua esposa - Stevie, que vive junto ao casal. Ele se atrasa a ver a parada do dia do prefeito - objetivo da explosão, e a bomba explode no ônibus, matando o menor e outras pessoas.
Sylvia, inconformada com a perda do irmão, mata Verloc com uma facada - e está prestes a se entregar, quando o acaso intervém em seu favor, pois enquanto ela está fora falando com o sargento da S. Yard, um dos comparsas vai a casa de Verloc buscar uma gaiola para aves, que seria um sério indício contra tal comparsa - dono de uma loja de pássaros.
A polícia chega nesse ínterim e Sylvia provavelmente já escaparia por causa disso. Mas, então, o tal "passarinheiro" explode uma bomba, matando a ele, a Verloc já morto, e inocentando Sylvia, que no decorrer do filme tinha um flerte com o detetive interpretado por John Loder, e que, após a morte, transforma-se num relacionamento.
Numa conversa entre policiais, o chefe da polícia diz algo interessante: não adianta ir atrás das pessoas que estão por trás disso, estamos atrás daqueles que trabalham para eles. Muitas vezes é assim, na vida.

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