Clyde Barrow e Bonnie Parker eram nada mais do que dois jovens que dos 20 a 24 anos fizeram dos assaltos a bancos seu modo de vida no Sul e Meio-Oeste dos Estados Unidos, acho que entre 1930 e 1934 - ou seja, bem na grande depressão americana. Um, ex-presidiário, outra, casa com um presidiário, se conhecem e iniciam a empreitada criminosa.
Diz-se que este filme teve grande importância histórica fílmica, apropriando-se de elementos da nouvelle vague francesa, uma mistura de violência, sexualidade (ou falta dela - Clyde é impotente e com sua arma sempre consegue se desvencilhar dos policiais, e como bem assinalou Merten, quando ele finalmente faz sexo com Bonnie, logo depois a polícia os encontra, alcança e mata), e uma narrativa da história dos assaltantes sem moralismo ou pré-julgamentos. Os críticos dizem que sem esse filme, Coppola, Scorsese, Hopper, não conseguiriam fazer alguns de seus filmes. Que essa época um pouco mais liberal e autoral foi extinta com o surgimento dos blockbusters - era iniciada com Tubarão, de Spielberg.
Há uma cena em que eles, em fuga, chegam a um "acampamento", que parece era comum entre os pobres na depressão (ao menos do que lembro de cenas de Vinhas da Ira - filme a que ainda não assisti), e são idolatrados (melhor, admirados) pelas pessoas do povo.
Os assaltos são menos mostrados do que a fuga em si, e a relação entre Bonnie e Clyde bem como entre estes e o restante do bando. Não tenho o conhecimento fílmico para compreender as novidades que o filme representou, mas o filme é bastante agradável de ser visto.
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