segunda-feira, 12 de março de 2012

F/X - ASSASSINATO SEM MORTE (1986), de ROBERT MANDEL - 11.02.2012

Filme interessante, de meados da década de 80, em que o australiano Bryan Brown vive Rollie Tyler, um especialista em efeitos especiais (imagino que FX queira ser uma corruptela fônica para effects) contratado pelo Departamento de Estado dos EUA para simular - com suas técnicas de efeitos cinematográficos - o assassinato de um mafioso (Jerry Orbach interpreta o gângster Nicholas di Franco) que entra no programa de proteção à testemunha, a fim de que os mafiosos que seriam delatados parem de lhe procurar, e ele passe a não mais correr riscos até seu testemunho. 
Tão logo o falso crime é perpetrado, Rollie passa a ser perseguido pela própria polícia, porque em princípio haveria uma bala verdadeira dentro da arma e Rollie teria realmente matado Di Franco. A namorada de Rollie é logo morta, em mais uma tentativa de eliminar Tyler.
Mas, já se vê que com a morte e a rápida eliminação do assassino, ficaria o ato como uma ação individual, de um só homem, e encoberta a real intenção do assassínio. 
Não fosse isso, há uma segunda reviravolta ao se ver que Di Franco que não era para ser assassinado de verdade, e o teria sido, em verdade não o foi. Tudo não passava de um plano dos homens do Departamento do Estado para fingir que Di Franco morrera, e assim, retirá-lo do país para que o dinheiro que ele roubou da máfia durante sua "carreira" pudesse ser usufruído por ele e pelos funcionários públicos corruptos (Lipton e Mason, que foram os responsáveis pela contratação de Rollie).
Brian Dennehy (de quem gosto muito) vive o policial Leo Mccarthy, um casca dura que foi o responsável pela prisão de Di Franco, e não compra a história do assassinato, pois parece estranha a história da morte de Di Franco, que embora em um programa de proteção à testemunha, estava solto para jantar sozinho em um restaurante, sem acompanhamento policial. Mason, além disso, ao saber da morte de Di Franco, não esboça dúvidas, fazendo Mccarthy achar que ele não tivera a curiosidade normal para um policial. Ademais, com a ajuda de uma funcionária que cuida do banco de dados, descobre dados importantes a respeito dos agentes do Departamento de Estado. Igualmente, ao invadir a casa de Tyler, vê um padrão nos tiros esboçada num boneco, o que lhe faz pensar que há coincidências demais na morte de Di Franco.
Ao lado da desconfiança de Mccarthy, Tyler passa a usar suas habilidades em efeitos especiais para investigar o que houve, e para perseguir seus algozes, que o pretendiam o assassino louco e solitário. 
Mccarthy e Tyler, cada um por um caminho diferente, chegam à mesma solução, e finalmente se encontram na casa em que Mason, Di Franco e Lipton estão prontos para efetuar sua fuga e, depois, depositarem o dinheiro na Suíça. Tyler consegue fazer com que os bandidos e seus capangas se matem, e ele fica com a chave do cofre. 
O filme termina com Tyler e Mccarthy na Suíça, dividindo o dinheiro, o que me pareceu absolutamente desnecessário, até porque Mccarthy parecia o tira inflexível no cumprimento de seu dever.  


Acho que o filme tem uma trama um pouco simplista, o final é ruim, mas me parece que o filme trata um pouco do próprio cinema, mostrando o que não é, representando, fazendo o que não é ser. Boa diversão, num filme que já passou na TV aberta mais ou menos umas 500 mil vezes. 
Nota IMDB - 6,5. É pra isso, talvez um pouquinho mais.  Roger Ebert, por exemplo, dá boa nota.

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