sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

ASSALTO AO BANCO CENTRAL (2011), de MARCOS PAULO - 09.12.2011

Filme nacional baseado no assalto real ao BACEN de Fortaleza, com um grande elenco global, e dois atores de cinema (Milhem Cortaz e Hermila Guedes), mas que tem apenas o início da história como plausível, ou seja, o assalto. Todo o resto parece inventado com pouquíssima imaginação.
O filme me pareceu esquemático demais.
Eriberto Leão (Mineiro) está pouco convincente como um dos líderes do bando. Outro líder do bando é Milhem Cortaz (Barão) , que está dez vezes melhor como Capitão Fábio do Tropa de Elite como o Barão deste filme. Me parece que a direção de atores faz toda a diferença aqui. Padilha sabia para onde ir, Marcos Paulo parece que não.
Os demais bandidos também não têm nada de marcante. Gero Camilo (Tatu), Heitor Martinez (o ex-policial Léo), Hermila Guedes (Carla), Vinícius de Oliveira (o menino de Central do Brasil, que cresceu mal) como Denivaldo, Tonico Pereira (Doutor) - o comunista que ao final vai gozar o dinheiro em Paris - entre outros. 
Há ainda personagens que aparecem e somem sem qualquer lógica, como Antônio Abujamra, que fornece os mapas e formas de superar os alarmes e câmeras, Cassio Gabus Mendes e Daniel Filho, que fazem papéis que não nos deixam vislumbrar sua importância no assalto ou mesmo na trama do filme. 
Idas e voltas de roteiro, a investigação da Polícia Federal (as prisões e mortes de integrantes do bando) correndo em paralelo com a preparação e consecução do assalto.
Os policiais federais são caricatos, um intuitivo (Lima Duarte como Amorim), a outra tecnológica (Giulia Gam - Telma (eu não sou gay)). Um, conservador, a outra lésbica, com a revelação do lesbianismo repetitiva e constrangedora. Qualquer CSI de 30 minutos apresenta e resolve melhor questões como essas envolvendo policiais. 
A polícia vai solucionando o caso, não chegando, contudo, aos principais envolvidos.
Barão (Cortaz), aparentemente o mentor do golpe, não é capturado, embora na cena final Lima Duarte o veja e tenha um insight de que ele possa ser o culpado, mas como ele foi afastado do caso (!) e aposentado compulsoriamente (!?), por aparentemente por ter chegado perto demais de figurões - outra mensagem sem pé nem cabeça do filme, uma ilação sem respaldo no que visto ou demonstrado até então - partindo da premissa de que havia interesses e pessoas maiores envolvidas, e não apenas um roubo bem planejado por bons ladrões.


Nota IMDB - 5.8. É um filme nota 5, se tanto. Acho que 4 tá de bom tamanho. Filme ruim

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