terça-feira, 19 de julho de 2011

INDIANA JONES E O REINO DA CAVEIRA DE CRISTAL (2008), de STEVEN SPIELBERG - 17.07.2011

O quarto filme da série, lançado 20 anos após "A última cruzada" perde de longe de todos os outros episódios da franquia.
O filme tem como mote a busca pelas "caveiras de cristal", e nessa busca estão envolvidos os russos, capitaneados por Irina Spalko (Cate Blanchett), que invadem a famosa área 51, em busca de um invólucro que contém algo que não é revelado de início, apenas se sabe que aquilo tem um potencial magnético elevado. Quando se abre o invólucro, alguém corta um saco e aparece uma mão de forma inumana.

Jones fora chamado pelos russos para identificar esse objeto dentre tantos depositados na Área 51, identifica-o, mas não consegue evitar que os russos o levem.
O filme se passa num período de guerra fria (não se sabe exatamente quando, mas Indi escapa de um teste atômico realizado perto da área 51, o que parece ambientar o filme na década de 50.

Então a personagem de Shia Leboeuf - mal, por sinal - aparece na história, com uma carta que lhe teria sido enviada pela mãe deste, e que conteria dados anotados por Oxley, outro arqueológo agora desaparecido, que aparentemente descobriu o Eldorado (Akator), na selva amazônica, devendo essa carta chegar a Jones. Jones então começa a busca a Akator, à caveira de Cristal que em tese criaria grandes poderes para aquele que devolvesse a caveira a seu Reino, poderes estes mentais, paranormais, e a União Soviética teria interesse nisso pois se criaria uma arma tão ou mais potente que as atômicas americanas.
Depois de idas e vindas, lutas e perseguições na selva amazônica, eles encontram a caveira no túmulo de Orellana (o conquistador Espanhol que teria chegado ao Eldorado) e a levam até Akator - a cidade de ouro, onde descobrem que aquela era uma cidade extraterrestre, os construtores eram ETs, e que o verdadeiro tesouro da cidade não eram as riquezas materiais, mas o conhecimento.
 
A cidade, aparentemente para que o poder não caia em mãos de ninguém se autodestroi, os russos são "vaporizados, evaporados", e uma nave alienígena vai embora. Uma grande porcaria.
O que traz alguma leveza ao filme são as referências a filmes anteriores da série, com a presença de Marion, uma breve tomada mostrando a arca da aliança no depósito da Área 51 e Indiana ao ver um desenho o identifica como a Arca, e alguém pergunta se ele tem certeza, ele diz que sim, e menções a Marcus Brody e Henry Jones (Sean Connery).

A iluminação do filme é estranhíssima, as imagens são muito claras, talvez para atenuar a idade de Harrison Ford. Cate Blanchett igualmente parece uma boneca de cera, e muitos dos efeitos especiais - na verdade imagens geradas por computador (CGI) são perceptíveis demais, numa atmosfera computadorizada que faz desaparecer aquele clima de filme de aventura dos anos 30 ou 40 que permeava os antigos filmes da série.

Não fosse isso, o argumento extraterrestre - o reino da caveira de cristal é constituído por extraterrestres interdimensionais evoluídissimos que teria construído Akator, uma civilização 5000 anos adiantada no tempo - é pouco convincente e fornece um final ao filme como se um deus ex-machina terminasse a história.

A cena final, em que Indiana Jones se casa com Marion, constrange um pouco, mas traz implícita uma aparente boa notícia: quando o novo-velho casal vai deixando a Igreja, Jones vai esquecendo seu chapéu e Shia Lebouf vai pegá-lo, como a indicar o prosseguimento da série com um novo herói. Nesse instante, Indiana Jones volta e pega seu chapéu. Assim, aparentemente, evitam-se novos erros, como considero esse filme.
Nota IMDB - 6,5. Não merece mais do que isso. Merce menos, um 4.

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