sexta-feira, 29 de julho de 2011

VÍTIMAS DE UMA PAIXÃO (1989), de HAROLD BECKER - 27.07.2011

Um ótimo filme policial.
Al Pacino (Frank) e John Goodman investigam a morte, por assassinato, de homens que publicam anúncios em um jornal de recados-encontros, em forma de poesia, para atraírem parceiras.
Três homens que publicam poemas são mortos, e tudo indica, há uma conexão entre os crimes.
Os policiais então têm a idéia de publicarem anúncios poetizados para atraírem a possível assassina - é o que o filme indica, marcando encontros com qualquer pessoa que responda aos anúncios.
Dentre várias mulheres com quem se encontram, surge Ellen Barkin (Helen) como  uma provável suspeita, mas como Frank se apaixona por ela, a descarta entre as suspeitas, embora os indícios levem cada vez mais a ela como a assassina, e ele aparentemente corra um grande risco de ser a próxima vítima.
A sua paixão e o seu mister se confundem, e ele não sabe mais em que mundo está, e ao mesmo tempo que se envolve com Helen, cada vez mais desconfia dela, e passa a alterna momentos de envolvimento com outros de repulsa.
Há um momento em que ele tem a certeza de ser ela a assassina, ao ver anúncios dos três assassinados, junto ao anúncio por ele publicado, colados na geladeria de Helen.
O filme tem uma dessas viradas que costuma me deixar puto da cara, mas no caso concreto, o twist é bem construído. O ex-marido de Helen (vínculo completamente desconhecido do espectador até o clímax do filme), Terry, interpretado por Michael Rooker - um dos KKK de Mississipi em Chamas, foi brevemente interpelado pelos policiais, pois ele esteve presente em um dos locais dos crimes, pois lá trabalhava, na verdade, persegue sua ex-mulher sem saber que ela se encontra com os "poetas", e ao encontrá-los, os mata. Ademais, Terry vai, certa hora, até a polícia levantar suspeita de um negro ser o assassino, pois naquela vez que esteve próximo ao crime, teria visto um negro sair em disparada.
Essa coincidência bem bolada é que acaba levando à conclusão precipitada de que Ellen Barkin é a assassina.
Somente quando Terry ataca Frank, e se revela ex-marido de Helen, e Frank mais por sorte do que por juízo consegue se salvar e matar Terry, é que a trama se explica e deixa um bom desfecho para o filme. O desfecho, na verdade, é o de Frank indo atrás de Helen implorando por desculpas depois de toda a desconfiança que ele depositou na conduta dela, e ela aceita a companhia dele. Gostei. Al Pacino ainda bem, sem tantos cacoetes que o caracterizaram mais adiante, mas já esfregando contumazmente as mãos, o que faz de forma cansativa hoje em dia.
Nota no IMDB - 6,7. A nota está baixa. O filme vale  mais do que 6,7.

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