quinta-feira, 21 de julho de 2011

SHERLOCK HOLMES (2010), de GUY RITCHIE, 17.07.2011

Sherlock Holmes (Robert Downey Jr.) e John Watson (Jude Law) são os inseparáveis amigos que moram juntos na Baker Street, e iniciam o filme em uma caça a Lord Blackwood (interpretado pelo bom Mark Strong), que está prestes a sacrificar uma moça em um ritual de magia negra ou algo que o valha, e a conseguem salvar, encarcerando Blackwood.

Blackwood, na prisão, faz algumas "bruxarias", consegue assustar os guardas prisionais e os companheiros de cárcere, e como mágica maior, é enforcado mas ressuscita, deixando seu túmulo vazio (e no caixão está Reordan, um químico por detrás da "mágica" de Blackwood).
Logo depois, Blackwood é alçado a chefe de uma instituição secreta, uma maçonaria, ou outra seita qualquer (pois através de "mágica" faz com que um dos expoentes da seita entre em autocombustão, de modo que os outros integrantes não mais se oponham a ele. O chefe da polícia de Londres faz parte dessa seita, também. Blackwood arma uma grande conspiração para a tomada de poder da Inglaterra, no parlamento (é Lord pois se trata de ex-membro do Congresso), com mais uma mágica - envenenamento dos membros do parlamento por inalação de cianeto, aspergido no ambiente por uma engenhoca mecânica, tendo dado a alguns deles, o antídoto, de forma que só aqueles que o apoiavam seriam salvos.
A missão de Holmes é impedir esse golpe, evitar sua prisão determinada pelo chefe de polícia e comparsa de Blackwood, desvender os poderes sobrenaturais do inimigo. Lestrade é, como sempre, um néscio, mas tem um papel interessante para evitar o encarceramento de Holmes.
Holmes investiga o cientista anão Reordan, e ali descobre a essência dos golpes químicos: a autocombustão do maçon, o rigor mortis de Blackwood, após sua "morte" por enforcamento - enganando inclusive a Watson, a destruição do túmulo.
Os outros golpes - suborno a carcereiro, o cabide que impediu o enforcamento, são descobertos pela infalível lógica holmesiana.
O cianeto ou cianureto que seriam utilizados, e o próprio golpe, aparentemente são só estratagemas para que Moriarty consiga uma peça da engenhoca, que lhe seria útil para outro fim.
Aparentemente, todo o golpe é monitorado, dos bastidores, por Moriarty.
Desarmado o perigo da engenhoca, com a retirada da cápsula de cianeto, Holmes e Blackwood travam uma luta na ponte de Londres, então em construção, com o resultado por todos esperado. Quem venceu, você acha?
Há uma mudança drástica no Sherlock atual para os que até então conhecíamos nas telas (basta ver a crítica a "A mulher de verde", no arquivo deste blog), sendo agora uma personagem muito mais físico do que intelectual, embora os dotes lógicos estejam também por aí, mas se revelando bastante tardiamente no filme.
A presença do Professor Moriarty é apenas ensaiada, sugerida, mencioada, por Irene Adler (Rachel McAdams), e esta alerta que Holmes deve ter muito cuidado com a sua nêmesis, que é tão inteligente quanto o detetive. Não se mostra o rosto de Moriarty no filme. Eis a chave para o segundo filme da série, que deve vir por aí agora mesmo, em 2011.
É um filme de Guy Ritchie, para o bem e para o mal. A estética de Snatch ou de Jogos, Trapaças e dois canos fumegantes está bem presente. A ação incessante também, com slow motions a dar com o pau.  A fotografia e a montagem são boas. O filme me agrada.

Nota IMDB - 7,5. Merece isso aí mesmo.

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