segunda-feira, 4 de julho de 2011

O HOMEM QUE SABIA DEMAIS (1934) - de ALFRED HITCHCOCK - 21.06.11-04.07.2011

Essa é a primeira realização desse filme pelo mestre do suspense, depois regravado pelo próprio Hitchcock em sua fase norte-americana, desta feita com Cary Grant e Doris Day.
Essa primeira versão cinematográfica conta com Peter Lorre (de M, o Vampiro de Dusseldorf - um filmaço), Leslie Banks e Edna Best, é um filme curto - 75 minutos - com a duração típica dos filmes da década de 30.
Bob Lawrence e sua esposa Jill e a filha do casal estão nos alpes suícos assistindo e participando de competições de inverno, e aos arredores estão Abbott (Lorre), Louis, Ramon.
Durante um jantar, Louis, o esquiador francês é morto por um tiro disparado de fora do salão de baile e sussura ao ouvido do casal britânico um segredo - que o pincel de barba de seu quarto deve ser levado para o Consul Britânico ou para Gibson, e tudo isso em segredo.
Ramon se apresenta como um dos suspeitos, ao tentar entar no quarto de Louis, e logo requerer a Bob que lhe entregue o  que quer que tenha pego. Dentro do pincel, um recado: G Barbor fazer contato com A. Hall, 21 de março.
Enquanto Bob e Jill são interrogados sobre sua amizade e por ter Bob estado no quarto de Louis, recebem um bilhete ameaçando-os de que se disserem alguma coisa, nunca mais veriam sua filha de novo
Já de volta à Inglaterra, Bob encontra Gibson, secretário do Assessor de Assuntos Exteriores, e este sabe da mensagem, do seqüestro, e diz que se ele não cooperar um estadista de nome Ropa será assassinado. Nada falam ao agente público, e resolvem investigar por si mesmos.
Recebem um telefonema intimidatório, e vão ao bairro Wapping, e lá encontram um dentista G. Barbor. Bob está sendo atendido, e chega Peter Lorre, reconhecível pelo relógio de Bolso com que tentara distrair a menina seqüestrada, ainda na Suíça. Logo depois, Bob é atacado pelo dentista, porém consegue desvencilhar-se e dopá-lo, toma seu lugar, e fica à espreita, e logo depois Ramon também chega e Bob ouve a conversa dos dois bandidos, combinando alguma coisa em um camarote - depois se saberá ser no Albert Hall (A Hall do bilhete), e mencionam a menina e a esposa de Bob, Jill.
Bob segue os bandidos e encontra o Tabernáculo do Sol, com um sol que estava desenhado no bilhete encontrado dentro do pincel, uma seita estranha.
Clive ,que acompanhava Bob, é hipnotizado por uma mulher misteriosa, e Bob rendido com uma arma por uma senhorinha, mas após uma briga, consegue fazer com que Clive acorde do transe, fuja e vá em direção a Jill, mande-a ir ao Albert Hall, e chame a polícia, mas Bob fica preso, agora junto a sua filha.
Lorre (Abbott) mostra a Ramon a música que tocará no Albert Hall e o exato momento em que ele deve atirar (não se sabe em quem, ainda) e o tiro não poderia ser ouvido, e Bob ouve a explicação.
Já na sala de concertos, Ramon encontra Jill, dá a ela um broche que indica que sua filha está em poder deles, e Jill mantém seu silêncio e não vai falar com Gibson. Jill fica tentando descobrir o que vai acontecer, enquanto se desenrola o concerto.
Há um mandatário/embaixador de algum país cuja bandeira não reconheci e que é o provável alvo de Ramon. Na hora do tiro Jill dá um grito que faz que o tiro não seja perfeito e o embaixador Ropa é então salvo.

Ramon é seguido pela polícia que faz um cerco ao bando (no livro do Truffaut-Hitchcock este explica que a polícia inglesa não usa armas, e ele teve dificuldades para colocar rifles na mão da polícia, até mesmo com a censura (!) inglesa. Depois que um policial desarmado é morto, eles recorrem às armas de uma loja da vizinhança.
Quando todos os comparsas de Abbott e Ramon estão mortos, sobrando só os dois, eles resolvem usar a menina como escudo humano, este atira em Bob (acertando-o no braço), que a essa altura já tinha encontrado sua filha em um quarto do covil dos bandidos, persegue a filha do casa sobre os telhados e, lá de baixo, Jill - uma exímia atiradora como Hitchcock nos mostrara no início do filme - acerta e mata Ramon, salvando sua filha.
A polícia invade o prédio e mata o último bandido. Abbott. E todos foram felizes para sempre. Um bom filme, a refilmagem me agradou muito mais. De qualquer forma, o filme tem um ritmo impressionante, frenético, tanto que as informações para serem gravadas aqui no blog exigiram uma observação maior do que em muitos filmes muito mais longos. Detalhes do bilhete, do broche, do relógio de bolso de Abbott, o primeior olhar deste para o espião francês, a acompanhante de Abbot em St Moritz que depois se vê ser sua comparsa em Londres, enfim, vários pequenos detalhes, numa imagem não muito nítida, nos obrigam a prestar bastante atenção ao filme, sob pena de perder algum vínculo capital para a compreensão da história. Parei diversas vezes o filme para atentar a tais detalhes.
Algumas interpretações muito teatrais - típicas daquela época cinematográfica - mais ainda assim um bom filme.
IMDB, nota 6,9. É por aí, talvez alguns décimos a mais, mas não muitos.

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