sábado, 18 de junho de 2011

O HOMEM QUE MATOU O FACÍNORA (1962) - DEZ.2010, de JOHN FORD

Um filmaço, de John Ford, com James Stewart, John Wayne e Lee Marvin, este como o Liberty Valance (que dá  o título do filme - The Man who Shot Liberty Valance).
Este filme tem um título em português melhor do que o do original - O homem que matou Liberty Valance. A troca do nome por "facínora" deixa o título mais dramático.

A primeira vez que vi este filme, há uns 15 anos, já fiquei impressionadíssimo. Não foi diferente agora.
John Wayne - na qualidade do durão Tom Doniphon, e Jimmy Stewart, interpretando o Sen. Ransom (Ranse) Stoddard, e o próprio Lee Marvin estão todos muito bem.

O filme começa com a chegada de Ranse, um senador já de idade, à cidade (Shinbone) em que viveu os fatos que serão contados em retrospectiva, e sua chegada se dá para o velório de Tom Doniphon. Todos ficam intrigados do porquê de um senador vir a um velório de um zé ninguém, e ele passa a contar a história, até então desconhecida de todos, tendo como seu interlocutor algumas pessoas, dentre elas o jornalista do Shinbone Star, que ao final vai pronunciar uma das falas mais conhecidas do cinema americano (para mim, ao menos, embora não conste das 100 mais do AFI).

A história contada inicia quando Ranse migra para a cidade em que pretende se estabelecer como advogado, mas já na viagem de chegada ele é assaltado pelo bando de Valence.
Na cidade, pretende que se punam os culpados, mas todos têm medo de Valance, exceto Doniphon.
Valance ficar contrariado com Ranse, e promete matá-lo, e eles se encontram num duelo em que Ranse mata o bandido, e a partir daí cria sua fama, torna-se político, e vira um herói local.

Ao narrar a história, Ranse acaba enaltecendo o caráter de Doniphon, um durão representante do velho oeste - em vez desse novo, em que a lei (o advogado) vem para substituir as armas - e demonstrando exatamente essa evolução do Oeste.
Ao concluir a narrativa, ele revela que em verdade foi Doniphon o autor do disparo que matou Liberty Valance (Ranse mal sabia atirar, tentou ter aulas com Doniphon mas era péssimo), e que este abdicou de qualquer honra - e do amor da esposa de Ranse, que inicialmente parecia destinada a ficar com Tom - talvez vislumbrando que Ranse, o novo, fosse melhor do que o velho - Tom - oeste.
Terminada a narrativa, revelado o verdadeiro herói, o jornalista que a tudo acompanhara, rasga (ou queima) suas anotações, e diz a célebre frase a que me referi:  "This is the west. When the legend becomes the fact, print the legend".
Filmaço: IMDB 8,1. Para mim, até mais.

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