sábado, 18 de junho de 2011

ROCKY, 1976, de JOHN G. AVILDSEN - 17.06.2011

Filme clássico de Supercine, Temperatura Máxima, Sessão da Tarde. Enfim, um filme que todo mundo já viu, mas eu, particularmente, não via há muito tempo.
O final "Adryan, Adryan", me irrita um pouco, razão pela qual evitava rever esse filme (mas tenho muita simpatia pela personagem, tanto que fui ver Rocky Balboa - acho que o sexto filme da série - no cinema). Mas vamos lá, enfim, a fita ganhou Oscar de melhor filme em 1976.

Rocky Balboa, já com 30 anos e tendo como emprego o de "cobrador" para um mafioso de meia-pataca, é um lutador fracassado, perdedor, que por uma cagada do destino, é escolhido para Lutar com Apollo Creed, o campeão mundial dos pesos pesados, após o adversário natural se machucar.
Faltando 5 semanas para a Luta, Rocky começa a se preparar, largando bebida e cigarro, se entende com Micky, que o havia abandonado, pois segundo este, Rocky era um lutador com talento, mas que lutava feito um macaco.
A sua preparação, pouco ortodoxa, incluí esmurrar cortes de gado no frigorífico em que Paulie, irmão de Adryan, trabalhava.

O romance entre losers numa cidade que aparentemente estava em decadência (só se mostram os bairros mais pobres da cidade, mas não sei se esta era a realidade nos anos 70 - sabemos que NY estava muito mal nesta época), tem o ponto fraco em Talia Shire, de quem não gosto muito. Mas o lutador fracassado e a atendente tímida de um pet shop tem a sua razão de ser no filme. É exatamente o encontro de perdedores que se encontram para, de início, somar seus problemas, e depois, juntos, encontrarem alguma redenção.

A personagem Paulie, interpretada por Burt Young também tem sua graça, igualmente um fracassado, bêbado, que atribui sua vida infeliza à irmã mais nova, de quem teve de cuidar. É um pedichão, vive de pedir favores, de pequenas migalhas que os que estão à sua volta podem lhe prover.

A luta - Apollo em princípio nem se preocupou com o adversário escolhido a dedo para apanhar - é bem construída, e ao contrário do que eu me lembrava, nesse filme, Rocky ainda não usa a "tática" de dar a cara a tapa até o adversário cansar de tanto bater. Ele derruba Apollo no primeiro round, e consegue levar a luta até o fim, onde perde por pontos (a contagem é ouvida em segundo plano, pois o importante na cena é ressaltar a sobrevivência de Rocky até o fim, feito que nenhum lutador obtivera contra Apollo.
Vale a pena rever o filme. Acho que o filme irritante será o segundo da série, em que Adryan ficará entre a vida e a morte, e a fita se torna um drama meloso. Este primeiro, com a música de abertura - espetacular - enquanto o nome ROCKY em letras garrafais passa pela tela, e a cena das escadarias do Museu de Arte da Filadélfia, estão na memória afetiva e fílmica de muita gente.

Nota no IMDB: 8,1 correta. Filme bom. Só para se ter noção, teve um orçamento de 1,1 milhão de dólares e arrecadou cerca de 225 milhões.

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